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A Estância turística de São Pedro, distante 190km de São Paulo, surpreende a quem se propõe a conhecê-la.

Com uma cardápio diversificado de atividades, essa cidade pacata do interior paulista agrada o mais variado tipo de turista.

Com aproximados 34 mil habitantes, segundo o IBGE de 2014, a cidade é uma traquilidade para seus visitantes e moradores.

Um pouco da interessante história de São Pedro

Picadão! Esse era o nome de uma trilha que ligava, por mata virgem em 1725, São Paulo as minas de Cuiabá. Nessa trilha, em meio a selva, passava-se por diversas tribos indígenas!  Uma delas, os paiaguás,  tinham a fama de ser ferozes por atacar e, as vezes, dizimar caravanas que viajavam tanto pela terra como pelos rios. Com esse risco no caminho das minas, somado aos animais ferozes que eram encontrados, o governo da Província providenciou pousos pelo percurso da trilha, para permitir um descanso durante a noite, ou uma parada para se alimentar com mais segurança e estrutura como água, mantimentos e animais de carga.  Um desses pousos , chamado de Pouso do Picadão, era feito onde hoje é o centro histórico de São Pedro, entre os ribeirões Pinheiro e Samambaia.

Com a aquisição da Sesmaria de Pinheiro, os três irmãos Teixeira, Joaquin, José e Luiz, tinham a obrigação de formar um povoado, e começou por uma capelinha, cujo padroeiro era São Sebastião. Com a autorização da Igreja Católia, o povoado ganhou o nome de Capela, nascendo assim São Pedro, com o nome de Capela do Picadão!

O que se tornou a cidade

Atualmente, a Estância de São Pedro é conhecida por suas riquezas naturais e sua versatilidade turística.

Localizada na encosta da Serra do Itaqueri, da mesma maneira que oferece muitas opções de hospedagem para quem quer descanso e sossego, recebe milhares de pessoas em busca de aventuras como rapel, trilhas de jipe, vôos de asa-delta e parapente, passeio de balão, banhos de cachoeiras e belas paisagens!

Os rios Pinheiro e Samambaia continuam cortando a cidade a 580mts acima do nível do mar, e a tranquilidade, apesar das modificações sofridas desde seu início, continua.

A parte cultural é também representada pelo Museu Gustavo Teixeira, feira de artes e artesanatos no Boulevard Dona Hermelinda, e, todas as manhãs de sábado, a feira do produtor, com produtos produzidos na zona rural para serem vendidos na cidade, uma ótima oportunidade para se comer uma queijo fresco, doces artesanais e  sentir a simpatia do povo local.

O que conhecemos em um dia

Ao chegar na cidade, uma parada obrigatória é o Posto de Informações Turísticas, que por sinal merece os parabéns. Recebemos todas informações sobre a cidade, onde visitar, o que fazer primeiro enfim, como deveriam ser todos. Recebemos inclusive um mapa que nos ajudou muito!

Demos uma volta pelo centro da cidade, conhecemos rapidamente o Parque Maria Angélica, a Igreja Matriz, abastecemos as motos e seguimos para o alto da serra em busca de belas paisagens e cachoeiras.

A estrada que leva ao Parque do Cristo, cheia de curvas,  tem vários pontos de paradas para apreciar a incrível vista que se tem! Realmente é muito bonito! Se consegue ver longe, outras cidades, as estradas e o horizonte!

Na “parte de cima” da cidade é onde se encontram a maioria dos atrativos naturais, fomos por uma estradinha de terra de aproximadamente 4km até onde os praticantes de vôo-livre se reunem para, com a ajuda do vento, sair voando pela região! Impossível não ficar com vontade de fazer um vôo. Aliás, existe uma escola de vôo-livre no local, quem se interessar….

Também ali próximo está o Rancho da Tiroleza que, para quem gosta da atividade, é uma parada obrigatória!

Seguimos mais a frente, por uma estrada asfaltada muito agradável para a Cachoeira do Saltão, onde pegamos um pequeno trecho de estrada de terra em bom estado, para chegar a um local que vale passar o dia. Com 3 cachoeiras e um linda área verde, é possível acampar ou fazer o Day Use. Das 3 cachoeiras, 2 estão bem próximas ( Saltão e Monjolinho), exigindo pouco esforço, mas a terceira , a da Ferradura, exige mais força de vontade e físico, pois exige caminhar bem mais.

Só a estrada para chegar nesses locais já vale a visita na região e, se você tiver mais tempo, um final de semana é a medida certa para aproveitar um pouco de tudo e descansar!

 

Caminho saindo de São Paulo

Saímos de São Paulo pela Rodovia dos Bandeirantes no sentido interior até a saída 134, que dá acesso para Piracicaba, pela Rod. Luis de Queiróz. Essa rodovia irá te levar para dentro da cidade de Piracicaba, mas é bem tranquilo. Passará pelo famoso Rio de Piracicaba, imortalizado nas vozes do cantor Sérgio Reis, pelo Shopping,  e seguirá para Águas de São Pedro, passará pelo centro da cidade e continuará para nosso destino: São Pedro. Totalizando quase 200km

A idéia original era fazer um roteiro diferente e fizemos: depois de Piracicaba, seguimos para Charqueada para, em seguida chegar a São Pedro. Mas, devido as condições dessa estrada não estarem boas, achamos melhor não recomendar que façam esse caminho devido aos inúmeros buracos e o trânsito de caminhões. Melhor ir  por Águas de São Pedro mesmo.

Dicas

  • são inúmeras cachoeiras para se conhecer no alto da serra, fique um final de semana
  • vá conhecer o antiquário Vila Del Capo
  • leve protetor solar e repelente
  • é bom levar água para as caminhadas e algo para comer
  • não deixe de pegar o mapa da região na chegada a cidade
  • vá visitar a Adega do Comandante  e a cervejaria artezanal HZB

Onde ficar e onde comer

Devido a nossa viagem ter sido feita em um dia, sem pernoite, e a grande variedade de opções de restaurantes e hospedagens, recomendamos acessar o site www.saopedro.com.br para encontrar a alternativa que melhor se encaixa com o seu gosto.

Como fomos

Usamos minha conhecida de outras viagens, a incrível Indian Scout! Essa moto realmente surpreende quem está acostumado com as motos custom. Forte, leve, econômica e, com motor V2 de 1133cc, torna essas viagens muito mais prazeirosas. As retomadas de velocidade necessárias para algumas ultrapassagens são muito seguras e confiáveis, bem como seus freios! Uma autonomia de 200km, dá a medida certa para se fazer os pit stops da viagem. Foi uma curtição a mais da viagem.

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Trinity Ronzella

14 anos fotografando e escrevendo para a Revista Moto Adventure Editor do Moto.com.br Freelancer na Revista Motociclismo Instrutor de Pilotagem Off Road

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3 Comments

  1. Parabéns pelo site e pelas dicas está ajudando muito! 45175501

    • Trinity
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      Que bom!! Fico feliz em estar ajudando!! Aproveite e , qualquer coisa estou por aqui! Obrigado pelo comentário!

  2. Congratulations on the content. Interesting.. 94102538

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