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Deixar a moto na garagem no final de semana não é uma opção, já que opções não faltam.

Aconteceu comigo, fato “venéreo” como diz um comediante nacional. Domingão, acordei cedo, (coisa de véio) e olhei no relógio: 6 da matina!

Pensei: O que vou fazer? TV? Netflix? Voltar pra cama? Acordar todo mundo? 

Com uma Yamaha R3 na garagem e infinitas opções num raio pequeno de distância da capital paulistana, definitivamente ficar em casa não é uma opção, principalmente se o resto da família entrou em estado de hibernação.

Foto: Trinity Ronzella

Lembrei de uma dica que recebi do Ivan, que mora em Jundiaí e é proprietário do Fliperama Bar Club. “Cara, vai tomar um café no Marie’s Café, aqui perto de Jundiaí, é muito legal, os proprietários são motociclistas!” – Pronto, já tinha um destino!

Marie’s Café, ponto de encontro aos domingos. – Foto: Trinity Ronzella

Equipei mais “leve” para dar um passeio rápido, mas sempre de bota, luva jaqueta e calças com proteções, afinal, nunca se sabe…

Marginal Pinheiros, Rodovia dos Bandeirantes e depois Anhanguera. 

Antes de sair, dei uma olhada no mapa do Google e vi que tinha caminhos alternativos para meu destino e, curioso, sempre quero novas rotas. Passei a entrada principal de Jundiaí e entrei como se fosse para Itatiba, saída 61. A ideia era seguir pela rodovia interna, que liga Jundiaí a Louveira e depois Vinhedo, onde fica o Marie’s Café Bike n’ Grill.

Saindo de SP é bom ficar sempre esperto. Foto: Trinity Ronzella

Saí da Anhanguera e iria rodar pouco na Rod. João Cereser (SP-360), menos de 2 km até o próximo trevo, onde passaria por baixo e pegaria o acesso para a Rod. Ver. Geraldo Dias. Pois bem…pegaria…

Sem um mísero aviso, placa ou sinal de fumaça, o trevo estava em obras e o “acesso provisório” tinha ficado para trás. Tranquilo, segui adiante e fiz o próximo retorno, tudo resolvido, consegui chegar na rodovia que queria.

Essa é uma rodovia interna muito usada por ciclistas de final de semana, mais tranquila, nessa hora pelo menos estava com  baixíssimo movimento, tudo que eu queria. Rodar devagar, lugar diferente e apreciar o entorno até o meu destino.

Estação de Louveira – Foto: Trinity Ronzella

Bastante verde, condomínios, bancas de frutas e sucos, ritmo mais lento, ou seja, um passeio mesmo. Serão aproximados 12 km até Louveira, onde não passará despercebido a Estação Ferroviária.  Antes de chegar nela, entre a direita e vá dar uma olhada mais de perto, fiz isso e me surgiu outra opção.

Estação de Louveira – Foto: Trinity Ronzella

O mapa que havia visto antes de sair me mostrava para seguir direto e estava certo mas, como parei para fotografar a estação, notei que os ciclistas continuavam pela “estradinha” onde acessei a estação. Pensei comigo: “ Vamos ver onde vai dar essa estrada.” e segui…Uma estradinha asfaltada também, menos movimentada ainda. Segui pouco mais de 2 km a frente e, ao entrar a esquerda, me levou de volta para a rodovia original. Muito bom! 

A região é muito bem cuidada. – Foto: Trinity Ronzella

Seguindo a direita, mais à frente haverá uma rotatória, mantenha a direita e continue o passeio. Você estará entrando  na área urbana, mas é por pouco tempo. Na próxima rotatória, já haverá indicação para Cristo Redentor, pronto, é só seguir.

Vista do Cristo. – Foto: Trinity Ronzella

A parada no Cristo, logo após um portal proporciona uma bela vista e fotos, afinal em menos de  5 minutos estaria finalmente no café!

Uma Parada no Cristo proporciona uma vista bonita da região. Foto: Trinity Ronzella

Levei quase 2 horas para chegar ao destino final, fiz várias paradas para fotos, abastecimento, enfim, fui passear até o Marie’s Café.

Ambiente muito agradável, várias motos paradas na frente, decoração de bom gosto e o Rock and Roll clássico já estava rolando com um volume bem confortável. Ambientes internos e externos, cardápio tradicional USA e atendimento de primeira foram as primeiras impressões.

A decoração é bem legal! – Foto: Trinity Ronzella

Escolha feita para o café, fiquei observando as pessoas presentes que eram diversificadas: grupos de moto, casais, família com crianças, pilotos com macacão, jeans, cordura, enfim, sem restrições e muito agradável! 

Fiz meu pedido de ovos mexidos, espinafre, torradas e, que meu médico não leia isso, bacon! Enquanto esperava fui “fitando” os pedidos que passavam… pra que? Pensei em mudar o pedido umas 5 vezes, mas me mantive firme em respeito ao meu médico!

Esse foi o meu pedido, imperdível! – Foto: Trinity Ronzella

Tomei meu “cafézinho” acompanhado de um suco de laranja e, em determinado momento o atendente passou e perguntou como estava. Elogiei obviamente mas, realcei o bacon! Pra que fui fazer isso… ele, simpaticamente me trouxe mais três tiras do “serial killer” bacon! 

Essa opções passaram por mim, mas me mantive firme! Motivo para voltar! – Foto: Trinity Ronzella

Tudo devidamente acomodado, me levantei, equipei, peguei a moto e segui, dessa vez pelo caminho mais direto, para casa, onde cheguei por volta das 13hs, ou seja, mulher e filho sonolentos ainda me perguntaram de onde eu estava chegando…

Respondi: Fui tomar meu café da manhã…

A história do local e o propósito, são bem interessante! Foto: Trinity Ronzella

A Yamaha R3 me surpreendeu demais! Tive 3 RD 350 no passado e tenho na memória como era divertida. Não achei que essa modernosa 4 tempos seria tão legal, mas…fui surpreendido! De verdade! Sem puxar o saco da Yamaha…

Adorei a moto, não dá vontade de parar de andar. Anda muito, responde bem, faz curva, freia, não é desconfortável e ainda, é linda! Se busca uma moto esportiva e não pode ser as grandonas, essa vai te surpreender!

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Trinity Ronzella

14 anos fotografando e escrevendo para a Revista Moto Adventure Editor do Moto.com.br Freelancer na Revista Motociclismo Instrutor de Pilotagem Off Road

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