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Esses dias tive a oportunidade de matar minha curiosidade e fazer um roteiro/teste com essa Naked que chama a atenção por onde passa.

A tempos estava querendo esse momento e chegou o dia.

Em um primeiro olhar ela já me passa a idéia “fui feita para cidade”, e, realmente ela cumpre esse propósito. Com um motor forte e “controlável”, ela não judia do condutor no trânsito da cidade. Leve e de fácil condução, contorna os obstáculos da cidade com tranquilidade e segurança.

Mas, como quem impõe o uso da máquina somos nós, resolvi passear uns quilômetros com ela.

Montei um roteiro de 500km para ser feito em um dia calmo e tranquilo! Com asfalto bom, ruim, paralelepípedo e bloquetes, para realmente sentir a moto. Pista simples e dupla.

A primeira vista me surgiu um questionamento: “Onde vou colocar bagagem?” – Realmente é um fator a se pensar, bem limitada nesse ponto, temos que ser “econômico” para viajar, mas não chega a ser um problema. É uma questão de adaptação do usuário e acessórios para moto. Uma mochila com meu equipamento atendeu minha necessidade e dava para colocar mais uma bolsa fixa no lugar do garupa.

Outro ponto que pensei  ser incomodo, era a falta de uma bolha frontal. Em se tratando de um passeio, somado a posição de pilotagem projetada mais a frente, uso de roupas apropriadas e a velocidade dentro da lei, passaram-se 500km e nem percebi que não havia essa bolha.

Um detalhe que já havia escutado de outras pessoas é a respeito do banco “duro”… realmente ele não é um banco macio mas, é uma Naked, e o propósito dessa categoria é ser confortável dentro de sua categoria. E isso ela é. A posição de pilotagem é agradável. As pernas se acomodam ao redor do tanque perfeitamente e a tendência é estar sempre colado a ele. Divertido!

O radiador é de respeito! Quando percorremos trechos no trânsito entendemos o porque desse tamanho todo! Em pouco tempo de trânsito travado, a ventoinha já é acionada e faz o seu trabalho, baixando a temperatura.

Creio que já falei sobre o que me preocupava negativamente nessa moto, agora vamos as boas noticias!

Em primeiro lugar é uma moto que chama a atenção, a KTM foi muito feliz nas cores e grafismos. O detalhe do quadro exposto, a carenagem em baixo do motor e o para-lama traseiro alongado, valoriza a máquina! Onde ela está, atrai os mais curiosos e encantados olhares.

O painel tem todas informações necessárias, leva-se um tempo para acostumar com sua leitura devido a quantidade de informação oferecida, mas, em pouco tempo, já fica familiarizado. Um detalhe me chamou a atenção: Enquanto o motor está ligado, existe um  relógio marcando o tempo de funcionamento. Além de informar por escrito que o descanso lateral está abaixado, marca quando entra na reserva, qual a quilometragem possível de percorrer, tem relógio, marcador de combustível, indicador de marcha, odometro, trip 1, trip 2,  temperatura e conta-giros, tudo digital! Os números do conta-giros achei que poderiam ser maior, mas é um detalhe.

A posição de pilotagem é agradável, tenho 1,80m e me senti confortável durante todo o tempo de viagem. Corpo levemente a frente, pernas encaixadas no tanque, guidão largo, tudo isso mostra o DNA da moto. Lógicamente, uma dorzinha aqui e ali apareceram, mas é muito mais em consequência do tempo sobre a moto e a falta de costume de andar com esse modelo. Foi o dia inteiro!

Os freios são bem eficientes, 300mm dianteiro e 230mm na traseira, proporciona muita segurança em caso de ser exigido. Parece até que é herança de alguma moto mais potente!

A saída do escapamento, posicionado abaixo da pedaleira direita e a balança, permitiu que a parte traseira da moto ficasse mais “leve”, sem os escapes tradicionais. E o ruído não incomoda os ouvidos, poderia até ser um pouco mais “nervoso” para combinar com a moto.

Suspensão dianteira Up Side Down ajuda a esquecer o quanto estão ruins as ruas da cidade de São Paulo, amortecendo os impactos do guidão, se mostrou eficiente.

É uma moto firme, como tem que ser a categoria, isso a torna muito boa nas curvas, permitindo uma tocada mais “divertida”.

O motor não parecer ser 390! Talvez, devido aos seus “esbeltos” 139kg a seco, permite respostas rápidas! Macio, forte e econômico, fez 30km/l na estrada! Permite uma velocidade de cruzeiro tranquila, acima dos 120km/h.

Com capacidade para 11 litros de gasolina, a autonomia supera os 300km! Uma segurança a mais para quem está na estrada e um ponto positivo.

O preço da moto de 25 mil reais, apesar de ser uma 390, pelo que essa moto oferece não acho nenhum absurdo. É uma moto diferenciada e que vai satisfazer plenamente seus proprietários.

Quer tirar sua própria conclusão? Vá fazer um teste drive!

A Concessionária Autostar KTM, localizada na Av. dos Bandeirantes, 373 , em São Paulo no bairro da Vila Olimpia, Telefone:(11) 3549-3099, disponibiliza essa moto para um percurso urbano. Vale a pena!

 

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Trinity Ronzella

14 anos fotografando e escrevendo para a Revista Moto Adventure Editor do Moto.com.br Freelancer na Revista Motociclismo Instrutor de Pilotagem Off Road

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